quinta-feira, 4 de junho de 2009

Usem filtro solar!


Tenho um agradecimento especial a fazer para a colega Laura: Obrigada pelo livro, pelas palavras de incentivo. Realmente me vi retratada nesta história.

Grandes conselhos os de Mary Schmich, autora do livro Filtro Solar. Creio mesmo que deveríamos encarar a vida desse modo: com alegria, esperança, gratidão e fé em Deus.

Essa história, assim como você previu, querida colega Laura, foi um incentivo a mais na minha caminhada como professora. Trouxe-me um alento, uma motivação a mais para eu não largar tudo e dizer a mim mesma: Para mim, chega!

Para ilustar o que digo, registrarei alguns trechos do texto:

"Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgrebra." (SCHMICH, 2004, p. 21-22)

"Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo." (SCHMICH, 2004, p. 26)

"Não esqueça os elogios que receber. Esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine." (SCHMICH, 2004, p. 32-33)

"Faça o que fizer, não se autocongratule demais, nem seja severo demais com você. As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo. É assim pra todo mundo." (SCHMICH, 2004, p. 45-47)

Enfim, são pequenos dizeres que, aparentemente, não são nada, mas que lidos no momento certo dizem tudo.

A nós professores fica a mensagem de que fazemos o que podemos com o que temos e vamos construindo um novo mundo aos pouquinhos. Decepções e alegrias sempre teremos, faz parte do ofício. O que nunca podemos esquecer é que: Qualquer pessoa pode ser médico, doutor ou dentista, mas sempre vai precisar de um professor. Sábias palavras, as de minha prima Débora KoralesKi. Nós somos insubstituíveis, todo o planeta precisa de um professor para aprender sua profissão. E, portanto, queridas colegas, usem muito filtro solar. Ele faz bem para a pele e nos deixa cem por cento.

Eba! Viva o Gestar. Temos o profe Mau.


Quando tive notícias de que iria fazer um curso, logo pensei: Ah, não! De novo esses cursos chatos e sem sentido. Sempre com psicopedagogos (que me perdoem os que não agem assim) pensando que os alunos ficam quietinhos, bonitinhos nos esperando para ensiná-los.

Surpresa a minha foi perceber que o Gestar era diferente, atendia a outros propósitos.

Meu professor foi a parte mais feliz desse curso. Dedicado, alegre, dinâmico, preocupado com a realidade das escolas e consciente da situação dos alunos, o profe Mau foi, para mim, tudo que eu imagino e quero ser para meus alunos. Ele me devolveu a esperança e a motivação para continuar acreditando no trabalho que eu realizo.

O profe Mau foi apresentando as idéias do projeto aos poucos, com paciência, percebendo a ansiedade que eu e os outros apresentávamos. No início, as coisas ficaram confusas. Todos queriam saber como seria realizado o Gestar em seus municípios e acabavam esquecendo de ver o que seria apresentado e discutido nas aulas, com o que trabalharíamos.

As dinâmicas e os vídeos socializados nos levavam sempre para a prática em sala de aula e, a partir disso, íamos percebendo que compartilhávamos problemas, anseios, sonhos e até mesmo desejos...

Percebemos, também, que o principal é ter vontade e disposição para mudar e melhorar e coragem para fazer isso. Dificuldades sempre vão surgir, o importante é não desistir diante do primeiro obstáculo.

No final dessa etapa do curso, compreendemos que o primeiro passo a ser dado, para a mudança, havia sido lançado e que dali para frente caberia a cada um cultivar sua semente.

Ao final também percebemos a nossa grande sorte com o professor que tabalhou com o nosso grupo. Enquanto os outros reclamavam, nós, felizes, ríamos bastante durante as aulas e curtíamos muito a vantagem de sermos professores. Ouvíamos reclamações dos outros formadores, mas só podíamos falar de bem do nosso. Por isso, oh golpe de sorte! Eh, viva o profe Mau! Que venham as próximas oficinas.

Engraçado, e eu que pensei que ia ter de fazer força para me concentrar no curso...